Na manhã da última sexta-feira, 9 de julho, o Monumento ao Soldado
Constitucionalista, situado no Morro do Gravi, abrigou a tradicional homenagem aos
combatentes paulistas da Revolução Constitucionalista de 1932.
A cerimônia contou com a participação do Prefeito Toninho Bellini, do Vice-prefeito
Mário da Fonseca, da equipe da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e algumas
autoridades locais, além da Banda Lira Itapirense. Devido às medidas preventivas
contra o coronavírus, a solenidade não foi aberta para a participação de muitas
pessoas, tal qual ocorria em anos anteriores.
Toninho Bellini discursou lembrando alguns acontecimentos da época, quando várias
manifestações ocorreram na capital paulista e no interior entre 1931 e 1932 contra o
governo Vargas, sendo a maior delas ocorrida em 23 de maio e que resultou na morte
dos manifestantes Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo, cuja memória se manteve
com a criação do MMDC, que seria o responsável pela logística de guerra durante o
conflito. “No dia 9 de julho São Paulo se rebelou contra o Governo Federal. Sozinho,
lutou contra o resto do Brasil pela causa Constitucionalista. Quatro frentes de combate
surgiram: Frente Sul, na divisa com o Paraná, Frente Norte na divisa com Rio de
Janeiro e Minas Gerais, Frente Litorânea e a Frente Leste, região onde se encontra
Itapira. Os combates duraram de 9 de julho até 2 de outubro de 1932 e nossa cidade
permaneceu sitiada pelas forças federais até o final de 1932”, lembrou. Os combates
em terras itapirenses ocorreram nas montanhas de Eleutério, em Barão, na região do
Gravi, nas fazendas Malheiros, Amarela, Boa Vista, São Joaquim, Bento Cunha e
outras.
Após a deposição das flores com o Toque do Silêncio e depois execução da música
Paris Belfort, conhecida como a marcha da Revolução Constitucionalista de 1932, os
presentes se dirigiram ao Memorial do Soldado no Cemitério da Saudade para finalizar
as homenagens.
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