sábado, 23 novembro 2024
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Classificação de risco ajuda a diminuir espera no Pronto Socorro

O Pronto Socorro do Hospital Municipal aplica desde 2016 o Protocolo Manchester de Classificação de Risco dos Pacientes. Na prática, todo paciente que chega para atendimento passa primeiro por uma consulta com o enfermeiro que, depois anotar as queixas coletar dados vitais, classifica seu risco como Azul (não urgente), Verde (pouca urgência), Amarelo (urgência), Laranja (muita urgência) ou Vermelho (emergência). “Esse protocolo foi criado em razão da superlotação dos prontos socorros de hospitais e é adotado em diversos hospitais. É uma classificação que não prioriza idade, mas sim risco clínico. Desta forma, garantimos que pacientes com maior gravidade não fiquem esperando”, afirmou o Diretor Técnico do Hospital Municipal, Fábio Luís Ramos da Silva.

Como a classificação não prioriza idade, podem ocorrer casos que um jovem é atendido antes de um idoso devido seu caso clínico. Por exemplo, um idoso de 79 anos que chega ao Pronto Socorro com quadro de tosse há mais de duas semanas, sem febre e sem falta de ar, provavelmente será classificado como Azul. Já um jovem de 25 anos que sofreu queda de moto e não tem fratura exposta será classificado como Laranja, porque há a necessidade de se verificar rapidamente se não há nenhum comprometimento interno. Ele será atendido antes do idoso. Já um paciente vítima de acidente grave ou AVC será automaticamente classificado como vermelho, sendo atendido antes de todos os demais. “Hoje, devido ao Pronto Socorro ficar aberto 24 horas, os pacientes às vezes procuram o Hospital e não a Unidade Básica de Saúde nos casos sem gravidade. Isso geralmente ocasiona lotação. Esse protocolo tem como intuito de acolher os casos graves primeiro e na hora certa e evitar danos aos pacientes”, ressaltou o Diretor Técnico.

A Diretora do Hospital, a enfermeira Vera Vômero, ressaltou a importância desse acolhimento imediato do enfermeiro e lembrou que sua formação já o capacita para a Consulta de Enfermagem. “Essa consulta com o enfermeiro é a primeira consulta que o paciente tem ao chegar no Pronto Socorro. A do médico é a segunda. Muitos pacientes às vezes não entendem essa necessidade, mas é muito importante para otimizar o atendimento prestado”, afirmou.

Em uma sala exclusiva ao lado da recepção, o enfermeiro do plantão afere os sinais vitais como pressão, oxigenação sanguínea, temperatura, dentre outros, e preenche a ficha de consulta. Em seguida, coloca uma etiqueta correspondente ao risco na roupa do paciente e na ficha de atendimento. Já na sala do médico, as fichas também são separadas por cor de prioridades. Acompanhantes, que são permitidos para menores de 18 anos, maiores de 60 e pacientes com necessidades especiais, também são identificados com adesivo de cor branca.

Estutura física

No interior do Pronto Socorro também foram feitas alterações para facilitar a identificação dos casos que necessitam de maior atenção e melhorar o fluxo de funcionários durante os atendimentos de emergência.

Uma das mudanças ocorridas foi a realocação da espera dos pacientes que já foram chamados pelo médico. Antes eles ficaram em cadeiras no corredor, mas agora têm uma sala específica. As salas de observação também são subdivididas para os casos em que é aguardada uma evolução do paciente, a sala de soroterapia e a observação infantil. Uma outra sala é destinada exclusivamente para atendimento de emergência, com acesso facilitado de ambulâncias.

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