Profissional do Senac Itapira aponta tendências de peças de roupas e novas formas de consumo
A crise do coronavírus, mesmo mostrando melhora nas últimas semanas,tem modificado a forma de consumir qualquer produto. Com isso, um novo olhar mais atento e crítico das pessoas em relação às tendências, marcas e atitude tange o consumo de moda. Após todos esses meses em isolamento, o consumidor tem cada vez mais optado por peças confortáveis e duráveis. “A Covid-19 nos fez rever valores e mudar hábitos enquanto sociedade; a moda não ficou fora disso. Algumas tendências começam a se delinear num novo mundo pós-pandemia”, aponta Gabriela Lopes, docente de moda do Senac Itapira.
Segundo a docente, aquela compra por impulso, a ostentação desmedida, a procura por marcas internacionais e a busca pelo consumo como fonte de prazer estão sendo revistos. “A pandemia acelerou o consumo mais responsável, consciente com as origens dos produtos. A possibilidade de acompanhar mais “vitrines” em uma única tela fez crescer a preocupação com a origem das peças, uma vez que é possível comparar marcas e ler mais sobre o assunto nos sites que promovem uma moda sustentável”, conta.
Com um consumo mais consciente, a neutralidade das peças é um ponto-chave. “Nesse momento, cresce a busca por conforto e por tecnologias que facilitem a manutenção e a respiração da pele. E quando falamos em roupa confortável, de tecidos naturais, não é sobre pijama e, sim, de peças com elasticidade, que deixam o corpo mais livre, longe de modelagens justas”, afirma Gabriela.
Outra tendência que fortemente apareceu é a do menos é mais. Os hábitos de consumo estão sendo revistos a todo momento, não só devido à economia, mas porque as pessoas aprenderam que no isolamento social a vaidade pela moda não existe, uma vez que estamos todos em casa. “As pessoas expandiram sua consciência e perceberam que não precisam de tudo o que têm no guarda-roupa. Tiveram tempo para reorganizar o espaço, tiraram peças, enxergaram novas combinações com o que já tinha e doaram o que não usavam mais”, explica Gabriela.
Tecidos antivirais
Na busca pela inovação, a indústria têxtil foi rápida e lançou no mercado os primeiros produtos produzidos com tecidos antivirais, que vão desde as máscaras às linhas esportivas, como camisetas e moletons. Pesquisadores da empresa paulista Nanoxdes envolveram um tecido antiviral em colaboração com equipes da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade Jaime I, na Espanha, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e criaram um composto que matou 99,9% do coronavírus. “Eles afirmam que o efeito do produto tem durabilidade de dois anos, aguenta pressão e temperatura. Também asseguram que a propriedade bactericida é eficaz mesmo após 30 lavagens. Ele é composto por uma mistura de poliéster e algodão, e contém dois tipos de micropartículas de prata, aderidos a sua superfície por meio de um processo de imersão, secagem e fixação”, explica Gabriela.
Mas a docente ressalta que os cuidados recomendados por profissionais de saúde continuam sendo fundamentais. “Ainda há pouco conhecimento entre a comunidade científica sobre como o Sars-CoV-2 age nas roupas. Isso é só mais uma ferramenta que contribui para a proteção. Os cuidados como lavar as mãos, usar álcool em gel, evitar aglomerações e contato físico, não estão em segundo plano”, finaliza Gabriela.
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Serviço:
Senac Itapira
Endereço: Praça Bernardino de Campos, 150 – Centro – Itapira/SP
Informações:www.sp.senac.br/itapira.