Na manhã desta quinta-feira, 28, as enfermeiras da rede básica de saúde do município participaram de uma capacitação sobre hepatites dentro da programação do Julho Amarelo. O treinamento ocorreu na sede da Vigilância Epidemiológica e foi ministrado por Irineu Lima, especialista no assunto e também consultor do laboratório Gilead Sciences, que é responsável pelo fornecimento dos medicamentos de Hepatite C para o Ministério da Saúde.
“Ele abordou as questões epidemiológicas da doença, a importância do diagnóstico rápido e início do tratamento e as estratégias para erradicação das hepatites”, disse a responsável técnica da Vigilância, Josemary Apolinário. Ela explicou ainda que a OMS (Organização Mundial da Saúde) estabeleceu uma meta de eliminação da Hepatite C até 2030 e o Brasil assinou esse pacto. “Por isso é importante reforçarmos a orientação da população para que busquem ajuda e tratamento o quanto antes”, completou.
A hepatite é uma doença viral infecciosa, normalmente silenciosa, que ataca o fígado e pode ser aguda ou crônica. Além de evitar comportamento de risco, a testagem espontânea da população é um importante meio para prevenir o agravamento da mesma e está disponível gratuitamente na rede pública nas Unidades Básicas de Saúde e na Vigilância.
Existem cinco tipos identificados de hepatite: A, B, C, D (Delta) e E. No Brasil, os vírus A, B e C são os principais causadores da hepatite, sendo a mais prevalente a Hepatite C. Existem vacinas para as hepatites A e B que são ofertadas pelo SUS, sendo que a do tipo B também evita a hepatite D. Para a do tipo C, há tratamento por medicamentos.
A forma de transmissão da doença varia de acordo com o vírus. Recomenda-se não compartilhar objetos cortantes e perfurantes e usar preservativo em relações sexuais com pessoas que não há como avaliar o estado de saúde. Além disso, procedimentos como tatuagens, manicure e pedicure, colocação de piercings e tratamentos com acupuntura devem ser feitos somente com instrumentos esterilizados.
