Estudantes das três escolas municipais de Estiva Gerbi (SP) estão fazendo refeições de forma improvisada, em pé ou sentados no chão, por falta de estrutura nas unidades. Desde o dia 2 de maio, alunos da educação básica de dois períodos passaram a estudar em período integral, das 7h às 16h, e o aumento das turmas, aliado a falta de espaço adequado para a merenda e atividades escolares, deixa pais revoltados.
“Não sou contra o projeto da escola integral, mas não tem estrutura, não tem como ensinar”, disse Carla Roberta, mãe de uma aluna.
Nesta quinta-feira (17), uma equipe da EPTV, afiliada TV Globo, esteve na Escola Evaldo José Zenari para registrar a situação. A prefeitura não permitiu a entrada na unidade, e a Guarda Municipal foi acionada durante as gravações.
“A escola está se adequando, então acho que vocês deveriam esperar a escola se adequar”, justificou uma guarda.
À EPTV, estudantes confirmaram que falta estrutura. “Não tem lugar pra sentar, é muita gente”, contou um aluno.
“Tem algumas meses, mas é muito aluno e aí dá superlotação”, disse um estudante.
Pai de duas alunas, José Batista da Mota reclama que o problema não ocorre só na hora das refeições. “Depois do almoço, vem com o negócio de capoeira, de balé […] Fica todo mundo no sol quente. Não tem estrutura para essas coisas.”
Improvisos
De acordo com os pais, o aumento nas turmas gerou improvisos nas salas de aula. “A sala que a minha filha estuda hoje, é uma sala improvisada, que antes era de informática. Tiraram os computadores e hoje é a sala de aula dela. Entre as carteiras, tem umas muretas que tem as cantoneiras de alumínio, que já machucou a minha filha”, reclama Marta Rodrigues.
Entre as reclamações estão ainda a falta d’água. Nesta quinta (17), um caminhão-pipa foi acionado para encher a caixa d’água na Escola Evaldo José Zenari.
O que diz a prefeitura
A Prefeitura de Estiva Gerbi defendeu que as escolas têm infraestrutura suficiente para atender a todos estudantes. Informou que as quadras são cobertas e que a falta de água foi um problema pontual, causado pelo rompimento de uma adutora.
De acordo com a administração, as salas de aula têm, no máximo, 35 alunos, e que bancos e mesas para o refeitório foram adquiridos pelo governo.
A Prefeitura afirmou que algumas adaptações ainda terão de ser feitas, mas destacou que a mudança foi bem aceita pelo pais.
Fonte: G1 Campinas – EPTV