quarta-feira, 18 setembro 2024
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Falta de estrutura faz com que alunos de Estiva Gerbi comam a merenda no chão

Estudantes das três escolas municipais de Estiva Gerbi (SP) estão fazendo refeições de forma improvisada, em pé ou sentados no chão, por falta de estrutura nas unidades. Desde o dia 2 de maio, alunos da educação básica de dois períodos passaram a estudar em período integral, das 7h às 16h, e o aumento das turmas, aliado a falta de espaço adequado para a merenda e atividades escolares, deixa pais revoltados.

“Não sou contra o projeto da escola integral, mas não tem estrutura, não tem como ensinar”, disse Carla Roberta, mãe de uma aluna.

Nesta quinta-feira (17), uma equipe da EPTV, afiliada TV Globo, esteve na Escola Evaldo José Zenari para registrar a situação. A prefeitura não permitiu a entrada na unidade, e a Guarda Municipal foi acionada durante as gravações.

“A escola está se adequando, então acho que vocês deveriam esperar a escola se adequar”, justificou uma guarda.

À EPTV, estudantes confirmaram que falta estrutura. “Não tem lugar pra sentar, é muita gente”, contou um aluno.

“Tem algumas meses, mas é muito aluno e aí dá superlotação”, disse um estudante.

Pai de duas alunas, José Batista da Mota reclama que o problema não ocorre só na hora das refeições. “Depois do almoço, vem com o negócio de capoeira, de balé […] Fica todo mundo no sol quente. Não tem estrutura para essas coisas.”

Mãe conta que sala de aula da filha foi improvisada na antiga sala de informática em Estiva Gerbi (Foto: Reprodução/EPTV)

Improvisos

De acordo com os pais, o aumento nas turmas gerou improvisos nas salas de aula. “A sala que a minha filha estuda hoje, é uma sala improvisada, que antes era de informática. Tiraram os computadores e hoje é a sala de aula dela. Entre as carteiras, tem umas muretas que tem as cantoneiras de alumínio, que já machucou a minha filha”, reclama Marta Rodrigues.

Entre as reclamações estão ainda a falta d’água. Nesta quinta (17), um caminhão-pipa foi acionado para encher a caixa d’água na Escola Evaldo José Zenari.

O que diz a prefeitura

A Prefeitura de Estiva Gerbi defendeu que as escolas têm infraestrutura suficiente para atender a todos estudantes. Informou que as quadras são cobertas e que a falta de água foi um problema pontual, causado pelo rompimento de uma adutora.

De acordo com a administração, as salas de aula têm, no máximo, 35 alunos, e que bancos e mesas para o refeitório foram adquiridos pelo governo.

A Prefeitura afirmou que algumas adaptações ainda terão de ser feitas, mas destacou que a mudança foi bem aceita pelo pais.

Fonte: G1 Campinas – EPTV

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