Sabe aquela história de que gato não gosta de água? Alguns felinos podem até negar um “banho” gelado, mas o grupo tem um representante de destaque quando o assunto é nadar no rio. Com cerca de 130 quilos e dona da mordida com a maior potência entre os felinos de todo o mundo, a onça-pintada tem habilidades na água importantes para o deslocamento e para a caça.
Foi em um momento como esse que o empresário Alcides Rocha flagrou o animal. No meio do rio Paraguai, que nasce no Mato Grosso e banha o estado do Mato Grosso do Sul, o fotógrafo de natureza pôde registrar um dos encontros que teve com a onça. “Vou ao Pantanal há 35 anos, antes mesmo de existir câmeras fotográficas. Gosto de ir para observar os animais e manter o contato com a natureza”, diz.
As viagens anuais permitem a Alcides viver experiências únicas, como encontrar o felino mais famoso do Brasil. “Já vi onças-pintadas diversas vezes durante as minhas idas ao Pantanal, mas o encontro é sempre muito emocionante”, conta o empresário, que há alguns anos passou a registrar as aventuras pelas florestas brasileiras. “Aprendi tudo sozinho. Comprei uma câmera e agora estou fazendo muitas imagens de drone. Acho que essa ferramenta nos permite ver a floresta como um todo e todas as riquezas que ela guarda”.
O MAIOR FELINO DAS AMÉRICAS
No topo da cadeia alimentar, o maior felino das Américas é um indicador de qualidade ambiental, ou seja, a ocorrência da onça-pintada indica que a região oferece boas condições, suficientes para permitir a sobrevivência da fauna e flora local.
Ameaçada pelas alterações ambientais provocadas pelo homem, pelo desmatamento e pela caça ilegal, a população de onças no Brasil diminui gradativamente. Comum em vários tipos de habitat, como florestas amazônicas, Mata Atlântica, Pantanal e Cerrado, a espécie está oficialmente extinta nos Estados Unidos e, mesmo que presente no território brasileiro, raramente é encontrada nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul.
O felino se alimenta de animais silvestres como catetos, capivaras, jacarés, queixadas, veados e tatus. De hábitos solitários, macho e fêmea se encontram apenas no período de reprodução. O cuidado dos filhotes é feito pela mãe durante dois anos. Entre os ensinamentos principais está a arte de caçar para sobreviver.
Fonte: EPTV Campinas
