A Câmara Municipal de Itapira aprovou por unanimidade nesta terça-feira, 14, o projeto de
lei no 39/2020, que institui no âmbito do Município de Itapira, o Mês da Conscientização
da Doença de Parkinson denominado “Tulipa Vermelha”, a ser comemorado anualmente
no mês de Abril. O projeto é de autoria da vereadora Professora Marisol (PSDB). O
objetivo principal é inserir a temática na comunidade, despertando a atenção de
profissionais existentes na sociedade para o fato de que seus diferentes conhecimentos
podem contribuir para o fornecimento de qualidade de vida e retardamento dos sintomas.
De acordo com o texto, existe a necessidade de provocar nas pessoas a reflexão de que
inúmeras situações constrangedoras e discriminatórias vividas por pessoas com Parkinson
podem ser evitadas com a divulgação e debate amplo da patologia e seus sintomas. Para
isso se faz necessário provocar a participação de familiares dos parkinsonianos, na
definição e controle das ações e serviços de saúde; oferecer apoio ao desenvolvimento
científico e tecnológico para o tratamento da doença de Parkinson e suas consequências;
divulgar os sintomas da patologia a fim de levar ao conhecimento do acometimento
precoce; garantir o direito à medicação e às demais formas de tratamento que visem
minimizar os efeitos, de modo a não limitar a qualidade de vida da pessoa com Parkinson
em qualquer idade; bem como buscar o desenvolvimento de instrumentos de informação,
análise, avaliação e controle por parte dos serviços de saúde, abertos à participação da
sociedade.
Segundo a autora, trata-se de uma sugestão do “Movimento Vibrar com Parkinson”,
idealizado pela Cientista e Pesquisadora Danielle Lanzer, jovem que foi diagnosticada com
Parkinson aos 36 anos de idade. “Este movimento teve início em julho de 2014 e contou
inclusive com o apoio da modelo Daniella Cicarelli. A intenção é trazer a luz sobre a
importância de reforçar a conscientização a respeito do Parkinson, principalmente em
relação ao seu tratamento e as dificuldades enfrentadas pelos pacientes. Do ponto de vista
jurídico, ressalta-se que muitos pacientes com doença de Parkinson desconhecem os
direitos e benefícios que a doença lhe propicia. De maneira geral, apenas quando um
advogado é consultado, o paciente e seu familiar podem questionar o poder público sobre a
liberação do FGTS, PIS/PASEP, auxílio doença, isenção de imposto de renda, IPVA,
IPTU e outros tributos, entre outros, sobre seus direitos”, destacou a vereadora.
O Parkinson é uma doença degenerativa, crônica e progressiva que afeta funções
primordiais do corpo, como os movimentos e equilíbrio, e causa lentidão na mobilidade,
tremores, diminuição dos reflexos, além de efeitos como depressão, alteração do sono
entre outros. Isso provoca alterações e corrompe o sistema nervoso central, fazendo com
que a transmissão de mensagens entre as células nervosas seja comprometida.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que cerca de 1% da população
mundial a partir dos 65 anos sofrem com a doença. No Brasil, a estimativa é de 200 mil
pessoas com Parkinson. A cura ainda não foi alcançada, mas há estudos em nível
experimental que buscam alternativas de tratamento e até mesmo a cura.
“Existem ainda muitas preocupações pelos principais problemas enfrentados pelos
portadores dessa doença que vão além do elevado custo dos medicamentos de uso
contínuo, passando pela necessidade de complementação pela Fisioterapia e
Fonoaudiologia, entre outros”, completou Marisol.
Câmara aprova mês da conscientização da doença de Parkinson (Tulipa Vermelha)
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